Básico Instinto...

Dia 15 de maio cheguei em Salvador. Nesses 5 meses e 5 dias que fiquei em Salvador muitas coisas aconteceram em minha vida. Senti muitas saudades de casa, dos meus amigos, grandes amigos de sempre, que nunca me deixaram na mão, saudade da loucura da capital que sempre tem 3 climas de um ano todo em apenas 1 dia.

Mas aprendi a viver Salvador e não posso dizer que não estou feliz. Não posso dizer que Salvador não me recebeu bem e que os amigos que fiz aqui não são importantes para mim. Não posso dizer que ir para a praia todo o final de semana e ter que vijar somente 45 minutos para estar em uma das praias mais lindas da Bahia é um sacrifício. Que comer acarajé olhando para o mar é péssimo e dormir com ventilador na cara e acordar com passarinhos são hábitos péssimos de baiano. Não posso dizer que é ruim ficar sem nada pra fazer. Quando isso acontece não precisamos gastar um centavo, nos enchemos de vida só por sentar à beira-mar.

Senti que Salvador me fez bem. Estou mais tranquila, em paz.
Me sinto mais disposta e durmo melhor do que alguns meses. As diferenças são muitas, principalmente as culturais, o jeito de falar desse povo (é contagiante), as músicas e as formas de se divertir e ganhar dinheiro. Finalmente ouvi Calcinha Preta sem preconceito e conheci o arrocha, que muitos nem imaginam o que é!

Enquanto Salvador não pode estar em São Paulo e São Paulo em Salvador, fazemos assim. De meia em meia hora uma jaca, nos intervalos uma melancia e de seis em seis meses um pulinho de lá pra cá e de cá pra lá.

Turma de São Paulo, prepara a caipirinha que eu estou chegando!

Turma de Salvador, daqui 20 dias mais ou menos nos vemos no Mercado do Peixe! Eita lua cheia retada!